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Festa Junina Tem Potencial de Movimentar Bilhões de Reais e Aquecer Economias Locais

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A temporada de São João chegou. Reconhecida como uma das maiores celebrações populares do Brasil, a festa junina deve movimentar economias locais, gerar emprego e renda, além de aquecer o turismo. Para 2025, a expectativa é de que as comemorações do mês de junho recebam mais de 24 milhões de pessoas, previsão acima do esperado no ano anterior, quando a projeção alcançou 21,6 milhões.

O Ministério do Turismo estima que as festividades juninas de 2025 movimentem R$ 7,4 bilhões na economia brasileira — valor muito superior aos mais de R$ 2 bilhões registrados em 2024. “São milhares de festas espalhadas por todo o Brasil que mostram a força das nossas tradições, agitam o turismo doméstico e impulsionam o setor como motor de geração de renda e emprego”, destaca o ministro do Turismo, Celso Sabino.

Em comparação com o Carnaval, o período se destaca pela duração maior — de dois meses — e mais intenção de compras devido aos itens e alimentos tradicionais. De acordo com um levantamento da Globo Gente, 85% dos consumidores afirmaram gastar mais nas Festas Juninas do que no Carnaval.

Ainda, segundo a pesquisa Cultura nas Capitais, realizada pela JLeiva Cultura & Esporte, em nenhuma capital o período carnavalesco superou as festas juninas em popularidade. Em Recife, a diferença ficou dentro da margem de erro — 74% para festas juninas contra 71% para o carnaval —, mas nas demais cidades a diferença ultrapassou 10 pontos percentuais.

O Brasil se diferencia na preferência dos visitantes por diversos fatores, como o fortalecimento da propaganda turística, a comida típica da época, a boa infraestrutura direcionada à recepção dos viajantes, o clima tropical, além do calendário agitado dos festejos.

Economia junina

A festa foi trazida ao Brasil pelos colonizadores portugueses e é em homenagem a santos católicos como São João, São Pedro e Santo Antônio. Originalmente tinha raízes em celebrações pagãs que marcavam o solstício de verão e comemorações da fertilidade da terra — que ainda persistem em parte do hemisfério norte.

Com o tempo, a festividade se mesclou com elementos da cultura indígena e africana, ganhando características únicas no país, especialmente na região Nordeste. Nela, há dois dos mais emblemáticos eventos do período: o São João de Caruaru, em Pernambuco, e o São João de Campina Grande, na Paraíba.

De acordo com dados do Ministério do Turismo, a tradicional festa deve atrair 3,5 milhões de visitantes em 72 dias de comemoração junina de Caruaru e 2,8 milhões de pessoas em Campina Grande, em 38 dias de festejos. Espera-se que somente esses dois eventos movimentem mais de R$ 1,4 bilhão. Outro destaque é a festa em Mossoró, no Rio Grande do Norte, que deve gerar R$ 377,2 milhões em gastos de moradores e turistas, segundo projeção da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

Já na maior cidade do país, São Paulo, a expectativa é que o número de turistas entre junho e agosto cresça 11,5% em relação ao mesmo período de 2024, alcançando 520 mil visitantes. Para uma projeção do Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), essa movimentação deve gerar R$ 389 milhões na economia local, considerando apenas viagens com pernoite. No ano passado, o CIET estimou a presença de 466,4 mil viajantes nos festejos juninos no estado, com impacto econômico de R$ 318,8 milhões.

Os mineiros também vão entrar no ritmo do arraiá. Em Minas Gerais, o projeto Minas Junina 2025 prevê uma mobilização de 3,3 milhões de pessoas em celebrações espalhadas por todas as regiões do estado.

São João aquece vendas

Na análise do sócio-líder de mercados regionais da consultoria KPMG no Brasil, Ray Souza, o período irá gerar oportunidades de negócios. “No setor de consumo e varejo, ocorre um incremento expressivo nas vendas sazonais, além de que a programação de eventos aquece o campo da infraestrutura”, diz Souza. O levantamento da Scanntech, aponta que durante junho e julho houve um crescimento de 12,7% no faturamento dos itens da cesta sazonal, como amendoim, bolo, coco ralado, doce de leite, canjica, entre outros.

Os bares e restaurantes recebem uma movimentação de visitantes, acima do habitual, e há um aumento relevante no consumo de alimentos e bebidas. Desses viajantes, 10% gastam R$ 1 mil ou mais só com comidas, passagens e hospedagens. A maior parte, 34%, desembolsa, R$ 300, segundo pesquisa do Serasa. Os gastos envolvem desde alimentos e bebidas a roupas, adereços e ingressos para festas.

Entre os setores mais beneficiados na época, foram citados os nichos de alimentação (64%), comércio local (51%) e o de entretenimento, como shows e eventos culturais (50%).

A folia deve impulsionar, ainda, a geração de renda extra e a quitação de contas atrasadas. O Serasa indicou que 62% dos entrevistados têm expectativa de ganho adicional com os festejos, sendo que metade (50%) dos que planejam faturar nesse período têm como intenção pagar dívidas.

Festa junina 2025 mais barata?

Mesmo sendo sinônimo de alegria – principalmente para a economia brasileira- , a Festa Junina também representa gastos – e, muitas vezes, o bolso pode sentir o peso. No entanto, em 2025, o cenário é um pouco diferente. De acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) o Índice de Preços ao Consumidor – Mercado (IPC-M), indicou que a variação acumulada em 12 meses dos preços dos produtos juninos foi de 1,60%, inferior aos 4,56%, observados pelo IPC-M geral.

“Os números mostram que a cesta de produtos típicos das festividades juninas está reduzindo seu ritmo de aceleração em 12 meses. Itens que estavam entre os vilões, hoje figuram entre as principais quedas”, explica Matheus Dias, economista do FGV IBRE.

Na maioria das vezes, o que determina a baixa ou alta nos preços são os fenômenos climáticos, que desempenham um papel decisivo na dinâmica da produtividade das safras, influenciando os preços dos alimentos, principalmente dos produtos in natura. “À medida em que as projeções convergem para o volume esperado com dados positivos sobre levantamento de safra, os preços tendem a reagir de forma mais significativa ao cenário de maior oferta nos meses à frente”, afirma o pesquisador.

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